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Endividamento das famílias brasileiras bate recorde em 2022

Com o recorde de inadimplência registrado no país em abril de 2022, o endividamento das famílias brasileiras também atingiu seu maior patamar em agosto deste ano.

Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 79% das famílias no Brasil estão endividadas e — ainda no mesmo período — 29,6% da população atrasou o pagamento de alguma conta de consumo, resultando em mais um aumento da inadimplência. 

Quer entender melhor o cenário e os desafios enfrentados pelos brasileiros? Então, continue a leitura deste post! 

O que tem causado o endividamento das famílias brasileiras 

De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), estes são os índices de inadimplência mais altos desde 2010. 

Entre as razões que levaram a esse marco, estão o desemprego, a renda baixa, a crise econômica e, principalmente, a inflação. De todos os motivos listados, a Selic em 13,75% tem sido a maior causa do problema. 

Isso porque, com a inflação em alta, os preços também aumentam e acabam se distanciando da realidade e do poder de compra do brasileiro. Embora o número de empregos formais tenha mostrado crescimento, os salários são baixos e insuficientes para arcar com as despesas básicas do cidadão. 

Dados revelam que 50% da renda mensal das famílias do país estão comprometidas com dívidas.

A economista da CNC, Ízis Janote Ferreira, afirma que o endividamento foi, inclusive, uma forma que as pessoas encontraram para poder manter as despesas fixas em dia, como luz, energia, aluguel, entre outras. Isso explica o crescimento nos tipos de empréstimos de curto prazo. Ela ainda completa: 

“Não é crédito pessoal ou para comprar bem. É crédito de prazo curto, no cartão e no carnê de loja, para suportar o consumo de itens mais básicos, não duráveis, do orçamento do dia a dia. Não é para trocar de carro nem para comprar eletrodoméstico”. 

A economista acredita que o endividamento e a inadimplência seguirão crescendo nos próximos meses devido a possibilidade de obter crédito consignado para as pessoas que recebem o Auxílio Brasil. 

Conforme ela disse, isso pode se tornar uma armadilha para as famílias de baixa renda, pois “vão ter uma renda disponível ao longo do tempo menor para custear o resto das contas e outras dívidas eventuais”

Estados com maior número de endividados e características das dívidas

Algumas das pesquisas da Serasa Experian mostraram que os estados com mais pessoas endividadas são:

  • Amazonas: 52,1%
  • Mato Grosso: 47,8%
  • Acre: 46,4%
  • Rio de Janeiro: 46% 

Além disso, essas dívidas se concentram em maior parte em bancos e cartões de crédito (com 29,7%) e se referem a contas básicas, como água e luz (22,3%) e varejo (13%). O valor gira em torno de R$3.937,98. 

Outro dado relevante é o perfil dos inadimplentes no país. Veja:  

  • Mulheres: 50,1%
  • Homens: 49,9%
  • Acima de 60 anos: 16,9%
  • Entre 41 e 60 anos: 34,8%
  • 26 e 40 anos: 35,8%
  • Abaixo de 25 anos: 12,4%. 

6 Dicas que podem ajudar a economizar 

  • Criar uma planilha de controle de gastos 
  • Tentar guardar um pouco antes de gastar
  • Separar as despesas por categorias 
  • Fazer uma lista com os itens realmente necessários antes de ir às compras 
  • Evitar ao máximo o pagamento de juros
  • Pensar a longo prazo. 

Você acabou de conferir como está o endividamento das famílias brasileiras. Esperamos que este conteúdo seja útil. Para ler outros materiais como esse, acompanhe nosso blog e nos siga nas redes sociais. Até a próxima! 

Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Deixe seu comentário aqui embaixo! 

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