Ter boas ideias de negócio é apenas o primeiro passo para empreender. Muitas vezes, o que falta para tirar os planos do papel é o capital necessário para investir, comprar insumos ou simplesmente manter o caixa saudável. É nesse cenário que o crédito para MEI se torna uma alternativa estratégica e acessível para quem deseja expandir ou estruturar melhor sua empresa.
De acordo com o Sebrae, mais de 2,21 milhões de novos pequenos negócios foram abertos no Brasil entre janeiro e maio de 2025. O microempreendedor individual está no centro desse crescimento e já representa mais de 60% dos empregos gerados, contribuindo com 26,5% do PIB nacional. Não à toa, a busca por linhas de crédito adaptadas a essa categoria de empreendedores cresce a cada ano.
Por isso, neste artigo, você vai entender como funciona o crédito para MEI, quais as principais opções e quais cuidados tomar antes de contratar. Confira!
Como funciona o crédito para MEI?
Essa modalidade de crédito foi desenvolvida para atender às necessidades do microempreendedor individual (profissional com CNPJ ativo, faturamento de até R$81 mil ao ano e possibilidade de contratar até um funcionário).
O recurso pode ser usado em diferentes situações, como:
- Comprar mercadorias ou insumos;
- Investir em equipamentos;
- Ampliar o espaço físico;
- Reforçar o capital de giro;
- Garantir a operação em momentos de dificuldade.
Principais opções de crédito para MEI
1. Microcrédito
O microcrédito é uma modalidade voltada especialmente para pequenos negócios que precisam de quantias reduzidas. Geralmente disponibilizado por bancos, fintechs e cooperativas de crédito, ele apresenta limites que variam de R$300 a R$21 mil.
Algumas das vantagens são juros mais baixos, menos burocracia e possibilidade de aprovação mesmo para quem tem pouco histórico bancário ou pequenas restrições no CPF.
2. Pronampe
O Pronampe é um programa do Governo Federal criado para apoiar MEIs, micro e pequenas empresas. Ele oferece taxas de juros mais competitivas, prazos de até 48 meses e até 11 meses de carência antes do início do pagamento.
Para o microempreendedor, o limite de crédito é de até 30% do faturamento anual, com teto de R$150 mil. Além disso, quem já contratou pode renegociar a dívida e estender o prazo para até 72 meses, o que faz dessa linha uma das mais atrativas atualmente.
3. Microcrédito BNDES
Outra opção de destaque é o Microcrédito BNDES, que financia desde a compra de mercadorias e matérias-primas até investimentos em reformas e capital de giro.
Entre as condições estão:
- Juros máximos de 4% ao mês;
- Prazo mínimo de 120 dias;
- Limites que chegam a R$80 mil.
O processo é feito por meio de instituições credenciadas e exige apresentação dos documentos da empresa e um plano de uso do recurso.
4. Capital de giro
O capital de giro é essencial para manter as contas do negócio em dia. Tratando-se do MEI, pode ser contratado com ou sem garantia.
Quando há garantias, como veículos, imóveis ou recebíveis da maquininha de cartão, os juros são menores e os valores liberados podem ser mais altos. Já sem garantia, as condições costumam ser mais restritas, mas ainda é uma boa opção para equilibrar o caixa.
5. Cheque especial para MEI
O cheque especial PJ funciona como um limite extra vinculado à conta da empresa. Ele é liberado automaticamente quando há imprevistos, mas deve ser usado com cautela, pois tende a ter juros mais altos que outras modalidades de crédito.
6. Crédito pré-aprovado
Muitos bancos liberam crédito pré-aprovado com base no histórico de movimentação da conta. O valor já aparece disponível no aplicativo ou internet banking, pronto para contratação imediata.
7. Cooperativas de crédito
As cooperativas ofertam condições diferenciadas, com juros menores e maior flexibilidade na negociação. Ao se tornar cooperado, o MEI passa a ter acesso a linhas variadas, como microcrédito, capital de giro e até cartões empresariais.
Quem pode solicitar crédito para MEI?
Qualquer microempreendedor com CNPJ ativo, faturamento anual de até R$81 mil e obrigações fiscais em dia pode solicitar crédito. Algumas instituições exigem conta PJ ativa e histórico mínimo de atividade entre 6 e 12 meses.
Vale destacar que até mesmo MEIs negativados podem ter acesso a determinadas linhas, sobretudo em cooperativas ou programas de microcrédito. No entanto, os valores são menores e os juros mais altos.
Você acabou de ver as linhas de crédito para MEI. Antes de decidir, faça um comparativo das taxas, prazos e condições.
E então, gostou desse conteúdo? Continue acompanhando nosso blog para se manter informado!